As mudanças do novo Simples Nacional em sua Gestão Financeira
O Simples Nacional é um sistema tributário lançado em 2007 para facilitar o faturamento das micro e pequenas empresas brasileiras. As organizações que optam pelo Simples tem a vida facilitada por tributações menores, entre outras vantagens, mas precisam ficar atentas. Em 2018, o sistema passou por mudanças que podem impactar sua estratégia de gestão financeira.
Veja o que mudou e como o novo Simples Nacional vai impactar na gestão financeira do seu negócio:
Novos limites de faturamento
Podiam participar do Simples Nacional empresas cujo faturamento não ultrapassasse R$ 3,6 milhões anuais. Desde janeiro de 2018, porém, esse limite aumentou: agora, podem optar pelo sistema as empresas que faturam até R$ 4,8 milhões.
Para quem se enquadra na categoria de micro-empreendedor individual (MEI), o teto de faturamento para se enquadrar ao Simples também subiu. Agora, os MEIs podem faturar até R$ 81 mil por ano, bem acima dos R$ 60 mil permitidos anteriormente.
O Simples, desde seu lançamento, unifica impostos municipais, estaduais e federais em uma única guia de pagamento por parte das empresas. Dessa forma, ao planejar sua estratégia de gestão financeira, mais empresas poderão optar pelo sistema mais descomplicado – e barato – do Simples.
Novas tabelas e alíquotas do Simples Nacional 2018
A partir de 2018 as tabelas de alíquotas do Simples passam de 6 para 5 anexos, sendo um voltado para o comércio, um para a indústria e três para a prestação de serviços). Dessa forma, as alíquotas do Simples caem de 20 para 6.
Os impostos pagos sobre o faturamento das empresas também mudam para melhor. Antes, o cálculo do pagamento de impostos era feito pela multiplicação da alíquota e do faturamento. A partir de 2018, porém, será considerado o valor fixo de abatimento da tabela.
Pela legislação em vigor, portanto, está muito mais fácil para as empresas. É só o optante do Simples conferir sua faixa de faturamento e aplicar a alíquota nela prevista.
Novas atividades enquadradas no Simples Nacional
Outra mudança importante é que novas categorias de negócios poderão se enquadrar no Simples a partir de 2018.
Agora podem optar pelo Simples serviços de saúde como médicos, medicina laboratorial, enfermagem, psicologia, odontologia, veterinária, clínicas de terapia ocupacional, fonoaudiologia, acupuntura e serviços semelhantes.
Também está permitida a adoção do sistema de tributação por empresas de bebidas alcoólicas, desde que não vendam em atacado, como: pequenas vinícolas, cervejarias, destilarias e produtores de licores e outras bebidas.
Também entram no Simples a partir de 2018 atividades como representação comercial e atividades de intermediação de negócios e serviços de terceiros, além de empresas de auditoria, economia, consultoria, gestão, organização, controle e administração.
Para quem quer ser MEI, também serão aceitas pelo Simples as atividades da área rural, desde que com trabalhos na área de industrialização, comercialização ou prestação de serviços.
Mudanças na negociação de dívidas
Outra mudança que já entrou em vigor diz respeito às empresas com dívidas vencidas até maio de 2016. Qualquer micro ou pequena empresa que estiver com débitos em aberto, poderá negociar o parcelamento das dívidas em até 120 vezes, com parcela mínima de R$ 300.
As prestações, desde que com o valor mínimo estabelecido acima, terão valor corrigido pela taxa Selic e por 1% aplicado no mês definido para o pagamento da parcela.
O Simples Nacional na sua gestão financeira
Se você e sua empresa optam pelo Simples Nacional ou estão pensando em aderir ao sistema, não deixe de lado um bom planejamento de gestão financeira. A boa gestão financeira ajuda a resolver problemas e a mostrar o caminho para a empresa continuar crescendo.
Ao planejar a sua gestão financeira, portanto, fique de olho nas regras do sistema de tributação que sua empresa adota atualmente. Com as mudanças do Simples, cabe às empresas reorganizarem as contas para se adequar às novas tabelas e alíquotas vigentes.
Micro e pequenas empresas podem tirar boas vantagens das mudanças do sistema, mas precisam ficar de olho para calcular e escolher corretamente o melhor regime tributário para o seu negócio.
Com as mudanças na tributação, os gestores também precisam rever suas previsões de gastos e faturamento. Agora, novas alíquotas estão simplificando o processo de recolhimento de impostos e isso significa uma movimentação no fluxo de caixa que até então podia não acontecer.
A boa gestão financeira passa por todos os valores que entram e saem de uma empresa, e qualquer mudança no pagamento de impostos pode fazer a diferença no caixa no fim do mês.
A gestão financeira de um negócio é importante e pode ser muito mais fácil e organizada com um sistema inteligente. Quer saber como unificar toda a gestão financeira do seu negócio? Conheça a solução da Hinova!